1. |
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Ideias espelhadas por um caleidoscópio
Cheiro de rosas cultivadas com ópio
E mesmo assim busco achar um sentido próprio
Involuntário quando não se esta sóbrio
Lembrar de algum momento histórico
A decisão de quem acreditar quase sempre é o mais notório
Até que essas linhas me tirem desse escritório
Tao lógico quanto o correr dos ponteiros de um relógio
Mesmo não sendo tão logico
Uma visão destilada em um sonho utópico
Que de mais sentido a minha estadia nesse campo transitório
Percebendo o quanto eles fingem
“Please take me to the bridge cause I know there's a better place to meet“
(Real)
Sem plateias e céticos
Longe desse conformismo patético
Inaptidão de pensar diferente
Como você não vê o que fazem com a gente
Guerras que não acabam e doenças que não se curam
Dizimam milhares só com uma assinatura
Matando gente em nome da crença
Em forças que nos sugam e ditam a sentença
O fim é necessário para que se reescreva a trajetória
Assim foi com a grande inundação
Éramos um só povo e essa já é outra história
Hoje as correntes prometem salvação
Já que não temos boa memoria
Toda vez que o sol encarna
Sua carne é crucificada
Alegorias que descrevem os astros
Tronos dados a Deuses astronautas
Mas a mente é forca criadoura
Vibro na forca do que guiou estrelas ainda na manjedoura
Visitado por viajantes
Iniciado a mais alta ciência
Perseguido por transmitir seus dons
Mas pra sempre a centelha da essência do Deus que existe em nós
Já que a linha do tempo uma hora é quebrada
Palavra que atrasa o cronometro do fim disso aqui
Lembrei do poeta que disse para que eu não saia comigo daqui
Duas almas que se ajudam
Quem fala e quem se dispõe a ouvir
Sem vaidade, não encare como única verdade
Só precisava deixar registrado
Pra eu mesmo me escutar quando eu voltar, e se eu voltar
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2. |
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Quando eu escrevi meu primeiro verso todos os anjos choraram
A cada linha mais asas eram cortadas
Mais deles caiam do céu para essa comédia mal encenada
Que de divina resta quase nada
Uma mente conturbada
Te joga no labirinto,
Te faz agir só pelo instinto de fazer outra verdade ser desmitificada
Essas paredes falam daqui consigo escuta-las
Não faz tanto sentido, vozes que não se calam
Sigo a trilha de migalhas espalhadas
Abro a porta sinto cheiro de fumaça
Um livro aberto em cima de uma mesa empoeirada
Era uma bíblia que parecia ter sido adaptada a cada século que passava
Escrita com o sangue do profeta que a verdade falava
Cada cabeça cortada, cada garganta enforcada hoje mais do que nunca gritava
Sinto um gosto amargo, acendo o cigarro me vejo ao lado
Tantos espelhos me sinto observado
São só reflexos meus e mesmo assim sou julgado
Foda-se todos vocês são fantasmas que a tempos tenho cultivado
Sempre me trazem aos mesmos lugares talvez pra algo ser lembrado
Tento ignorar, mas ficaria estagnado
Tentando subverter o que eu mesmo tenho criado
São apenas impulsos, claro que influenciado
Por cada minuto trancado naquele maldito quarto
Juntando retalhos de frustrações e sonhos abandonados
Colecionando monstros aprisionados
Sendo eu mesmo a besta e o cadeado
Assombrado por visões que tive no passado sobre o futuro, frio
Forjam a volta do messias com um holograma crível
Lá se vai o livre-arbítrio
Viajantes escreveram assim
Desde o início planejado para que se aceite o fim
Você só não acredita por que a mentira te conforta fí
Tem veneno em nossa comida
A rotina cansativa, embriaga o jovem morto em mais uma batida
Nessa guerra civil é o pobre que perde a vida
E a lista é grande de doenças curadas pela nossa mata nativa
Ainda busco a saída
Sendo mais um que não se adapta, mas capta a verdade subentendida
Pra quem se arrisca a decifrar a vida, viva
E não esqueça que o mal existe
E trabalha para que o plano vigente se fortifique
O mundo já está lotado e não querem que tu fique
Faltou pouco para eu desistir ao ver o que se passa aqui
Mas se não tem pra onde fugir
Pineal calcificada, percepção alterada
A escada interditada, volte e trabalhe mais
Mas só depende de você se sentir capaz
Um segundo de paz
Aqui o céu e o inferno coexistem
A linha e tênue
Mas nossa essência é boa
O problema são os que governam essa boca
“Rei Lagarto” não se sacia
Mas eu sei que o Sol vai prover alimento, pra que a nossa alma não caia nessa armadilha
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3. |
Data Limite - Lopez
02:30
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Caminho entre cegos, enxergo o inferno
Lotado de corpos que não pensam
Mas Deus está por perto
O fim está sempre próximo, é logico
Um dia acabara a matéria prima das indústrias que deixaram o ar tóxico
Sua santa igreja aceita a receita de venda de salvação
É triste irmão
Saber quantos ficarão
Perdidos pela estrada, sem saber o que é real ou ficção, sem reação
Ao ver que tudo o que acreditou não passava de encenação
Todos sabiam o tempo todo que escravizaram o povo
E acumularam verba
Pra do lado de fora da Terra assistirem nossa destruição de novo
Procuram um novo habitat e assinam sentenças
Para no voo de ida garantirem presença
Eles querem meu corpo,
só se eu estiver morto, só no fim.
Só no fim
Busco a luz
Perdido nessa selva imersa na escuridão
Dias melhores virão?
Acho que não
A Terra superlotada
A vida já não vale nada
O homem rompe o elo com gaia
E deixa a espécie endividada
É foda
A lei da natureza é implacável
Notável, o mal causado pela sede insaciável
O consumo não para, repara
Que os que lucraram com a devastação
São os que se abrigarão
Ou até mesmo subirão
A procura de um novo habitat recomeçando a evolução
E os que ficarão, insano como “mad-max”
Lembrei do “Livro de eli”
Eli tinha que levar os diários do “Malcom X”
O povo na miséria e sua cidade é de ouro
É de sangue escravo a mancha do seu tesouro
É de sangue escravo a mancha do seu tesouro
Eles querem meu corpo,
só se eu estiver morto, só no fim
Só no fim
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4. |
Clarear - Lopez
02:52
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Imagine se pudessem ver, tudo o que você pudesse ser
E aí interferissem só pra atrapalhar
Te dessem todos os motivos para desistir
Pra te ver chorar, por puro prazer, só pra te atrasar
Eu vi a face da morte ao fazer o corte
Esperando fazer a angustia cessar
Senti o mesmo vazio ao me ver do lado de lá
As mesmas questões vinham me atormentar
Nem todo mundo se apaixona pela vida
Alguns tem o fardo de se importar
Carregam asas pesadas
No desespero do mesmo
É muito fácil se deixar levar
E esquecer do brilho que se tinha
Quando ainda se sonhava
Quando ainda se vivia
E não era em claro outra madrugada
E não era em claro outra madrugada
A vida não é fácil irmão
É preciso encontrar uma direção
Ouça a voz do seu coração
E tudo há de clarear, clarear
A vida não é fácil irmão
É preciso encontrar uma direção
Ouça a voz do seu coração
E tudo há de clarear, clarear
A lagrima é o sopro da alma
Que lava o corpo e acalma
Quando a dor, começa ou acaba
Por que sempre acaba, e volta
Como alguém é feliz sem conhecer a revolta
A frieza que entorta
O sentimento que bate à porta
De quem já se trancou dentro de si
E jogou a chave fora
Ainda que não sobre mais nada
Ainda que o tempo consuma tudo que um dia já se foi
Eu só peco sabedoria ao pai
Pra que eu trilhe meu caminho sem nunca esquecer de quem sou
Lutando todo dia para ser quem quero ser
O mundo é lindo e tem tanta coisa que eu ainda quero ver
Sei que é preciso estar forte
O melhor está por vir e eu preciso estar forte
Sei que é preciso estar forte
O melhor está por vir e eu preciso estar forte
A vida não é fácil irmão
É preciso encontrar uma direção
Ouça a voz do seu coração
E tudo a de clarear, clarear
A vida não é fácil irmão
É preciso encontrar uma direção
Ouça a voz do seu coração
E tudo a de clarear, clarear
E quando faltou o chão
Minha fé apontou a direção
Que era nunca desistir
Continuar a acreditar
Pois um novo sol há de nascer
Outra oportunidade para vencer
Alcançar cada sonho que nutre em si viver
Então vê se vence essa batalha
Você é maior que isso tudo
Veste teu melhor sorriso
E demonstra pra vida que você merece isso tudo
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5. |
Panorama Mutável - Lopez
02:34
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Eu já nem conto quantos tombos
Só me lembro das razões que sempre tornam a me manter de pé
Entorno minhas lagrimas num cálice que mata minha sede a alimenta minha fé
É, tanta gente tonta, tanta gente contra
Com os ventos que confundem as marés, né
Tanta gente que aponta
Gente que ainda não se ama
Não entendem que pra eles todos somos réus
Sonhos são trovões que rasgam os céus
Poetas trovadores
Gentis domadores,
Que com destreza retiram os véus, de Maya
O último é perceber que é ilusão querer que a babilônia caia
Já que a ignorância e benção
Pros que só trabalham e não tem tempo pensar em mais nada
A não ser em suas famílias e são esses que se salvam
O que eu poderia dizer, se hoje mesmo a vida resolvesse me perguntar
Se valeu a pena apenas esquecer
Olhar pra frente ter fé e acreditar
O panorama traçado nos astros ao nascer
Me lembrariam de lutar pra onde eu quero chegar
E o caminho trilhado deixasse marcado em mim o sentimento de ser grato
Leve, daqui só levo o aprendizado
Enquanto encarnado, ensinar e ser ensinado
Por quem se ama
O pé que me levanta todo dia da cama
É o mesmo que ainda me sustenta quando boto o pé na lama
Da sujeira da cidade
Em meio ao caos material
A explosão sensorial
De ser cheio do que é necessário pra expansão do campo gravitacional
Que enche o selo corporal
De energia sagrada que produzirmos ao habitar essa pele carnal
Casulo de ideias que florescem quando nos conectamos ao espiritual
Canções que surgem quando a vida sugere
Que somos só passageiros
Num role que ensina
Como devemos ser, o que devemos buscar
Viemos pra aprender, conseguir nos lembrar
De quem já fomos, de onde viemos
E para onde vamos quando for só saudade e você quiser voltar
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Lopez Rio De Janeiro, Brazil
Artista do Rio de Janeiro, Brasil. Siga nas redes sociais: www.instagram.com/hlopez021
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